quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mandacaru

Espécie da Caatinga
O mandacaru (nome científico Cereus jamacaru) é uma cactácea nativa do Brasil, adaptada às condições climáticas do Semiárido. Conhecida também como cardeiro, a planta alcança até seis metros de altura e possui um formato que pode lembrar um candelabro. O mandacaru é importante para a restauração de solos degradados, serve como cerca natural e alimento para os animais. A planta espinhenta sobrevive às secas devido à sua grande capacidade de captação e retenção de água.



Espalhando as sementes, as aves e o vento ajudam no nascimento e crescimento do mandacaru em áreas rurais. Por conta da ausência de folhas, a espécie não faz sombra e os espinhos ajudam na defesa diante de animais herbívoros. Os frutos e a flor do mandacaru servem de alimento para aves e abelhas. A planta é protegida por uma grossa cutícula que bloqueia a excessiva perda de água. As flores são brancas e desabrocham à noite, murchando ao nascer do sol. O fruto tem cor violeta forte e polpa branca com sementes pretas minúsculas, que servem de alimentos para aves da região. É também comestível para humanos.


Após um processo que é iniciado pela retirada do espinho, o mandacaru serve como ração para os animais e é um dos poucos recursos disponíveis em períodos de longa estiagem. O mandacaru é também utilizado como planta ornamental, além de batizar o nome de sítios, povoados, bairros e cidades.


O processo de adaptação do mandacaru ao Semiárido durou milhões de anos. A existência da espécie, porém, está em cheque. As ações humanas, com os desmatamentos, e as doenças são ameaças para a permanência desta cactácea no bioma da caatinga. A extinção do mandacaru representará uma perda para o ambiente e para a agricultura.

O mandacaru é importante para a restauração de solos degradados, serve como cerca natural e alimento para os animais. Possuem expectativa de vida elevada, podendo sobreviver mais de 200 anos.

Mas com as medidas desesperadas dos pequenos agricultores , para salva o rebanho, acabam usando o mandacaru como a única alternativa, mas poucos agricultores procuram,  realizam o plantio do mandacaru. Como alguns agricultores utilizam máquinas forrageiras para trituração do mandacaru, cada dia mais, esta cactácea esta diminuindo sua ocorrência na região.

Postado Por : ( Marina da Conceição Viana )

terça-feira, 29 de julho de 2014

             Benefícios da Babosa 

A planta aloe vera também popularmente conhecida como babosa, esta presente na historia a muito mais tempo do que pensamos , planta essa de origem africana, é conhecida a cerca de 4000 a.C 
Ela era usada por índios , Gregos , Romanos e Chineses, considerada uma planta milagrosa, trazendo vários benefícios , tanto para a saúde quanto para a estética.

Mais alguns Benefícios da Babosa(aloe vera)
  • Inibidora da dor ; Devido ao seu poder anti-inflamatório e permanente ela alivia e bloqueia a dor nas camadas ate mais profundas da pele.
  • Ação Regeneradora; O aloe vera elimina as células velhas , ajudando também no aceleramento na formação de novas células.
  • Ação Nutritiva; A Aloe vera contém cerca de 18 dos aminoácidos necessários para o organismo efetuar a formação de células e tecidos. 
  •  Ação Energizante; Ajudando o bom funcionamento do metabolismo celular, a aloe vera ajuda a produzir energia para o corpo. Contendo vitamina C, produz uma ação que estimula e melhora o bom funcionamento do sistema cardiovascular.  
  • Ação Reidratante da pele; Penetrando na pele a Aloe Vera restitui os líquidos perdidos , e restaura os tecidos danificados de fora para dentro, bem como no caso de queimaduras, tanto provocadas por fogo ou radiação solar. 

Contudo, as utilidades da babosa vão além da esfera médica. A mucilagem das folhas, devido à sua viscosidade, já foi testada para diversas finalidades: adesivo natural para próteses dentárias; a essência das folhas é utilizada na indústria de bebidas para fabricação de licores, tônicos digestivos e alguns tipos de cerveja; o óleo extraído das raízes é empregado como aromatizante em bebidas tipo licores e vermutes, além de pudins, gelatinas e outros doces; as fibras das folhas podem ser usadas na fabricação de cordas, esteiras e tecidos de textura mais grosseira.

A babosa, é uma planta de  fácil manutenção e rústica, também apresenta um aspecto ornamental bastante interessante, sendo comumente usada na composição paisagística de jardins particulares e passeios públicos. Na agropecuária, a babosa é citada como inseticida, larvicida, no combate às pulgas e à mamite bovina.

Uma das mais recentes descobertas sobre o potencial da babosa diz respeito à possibilidade de se obter biodiesel a partir de suas sementes. Um estudo realizado na Índia com duração de dois anos verificou ser possível extrair 20% a 22% de óleo das sementes de babosa. Nesse estudo, verificou-se ainda que o óleo de semente de babosa possui propriedades semelhantes a do óleo comestível de girassol.

Apesar de fazer parte do dia a dia de muitas famílias do meio rural e urbano por sua multifuncionalidade, seja como planta medicinal, ornamental ou de uso veterinário, a babosa apresenta baixa tolerância à geada e aos ventos frios, comuns em grande parte da região Sul do Brasil, tendo seu desenvolvimento mais propicio a região nordeste, com clima mais árido e seco.


Por : Aline Rodrigues 

domingo, 27 de julho de 2014

Vida das Abelhas


   Abelhas (Apis Mellifera) são insetos (Classe Insecta) do Filo Arthropoda, da Ordem Hymenoptera, da qual as vespas e formigas também fazem parte. As abelhas formam uma Super-família chamada de Apoidea, com aproximadamente vinte mil espécies de abelhas.
   Os indivíduos adultos se alimentam geralmente de néctar e são os mais importantes agentes de polinização. As abelhas polinizam flores de cores monótonas, escuras e pardacentas (todos os tipos de flores).
   Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de 
abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel.Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano. Para produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar 5 milhões de flores e consomem cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.
    Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. A abelha-rainha vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
                                                                Apenas as abelhas fêmeas trabalham


       Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão na maioria das vezes fica presa na pele do animal e, em alguns casos, a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver.
      As abelhas são insetos que vivem em sociedades homeotípicas (com distinção de funções dentro da sociedade). Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se presam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geleia real, cera e própolis, são as abelhas pertencentes ao gênero Apisbelamento .Essas abelhas são originalmente do Polo Norte, porém com o Aquecimento Global se mudaram para o Polo Sul. Consequentemente,com essa longa travessia algumas acabaram se espalhado pelo mundo.
       No sito Camará, em Santa Filomena -PE  o Senhor Francisco Freitas do Santos pratica a apicultura , ou seja , a criação de abelhas para  o fornecimento de mel.

      O senhor Francisco Freitas e sua esposa Silvia Ribeiro fazendo o processo de extração de mel.
Publicado por - Gislaine Dias dos Santos 


sábado, 26 de julho de 2014

Lagartas tóxicas (que não se devem tocar)

    Na natureza, uma das coisas que os animais aprendem rapidinho é que se alguma coisa “aparece” muito – é muito colorida e chamativa -, provavelmente é tóxica ou de sabor desagradável, ou os dois.
Estas lagartas são todas coloridas, e por uma boa razão: é o aviso que elas gentilmente lhe dão de que são tóxicas. 
Nessa postagem vamos conhecer algumas das principais lagartas tóxicas, começando por a: 
  

                       Taturana gatinho ou taturana cachorrinho

    
   
   Esta é a mais cabeluda das lagartas, pertence ao gênero Podalia e parece perfeita para bicho de estimação. Mas tocar nela vai lhe garantir uma surpresa tremenda.
   Espinhos venenosos ocultos no meio dos pelos se rompem, alojando-se na sua pele e liberando veneno no seu sistema. O que se segue não é agradável: muita dor latejante imediatamente ou nos próximos cinco minutos.
Se os espinhos tocarem seu braço, a dor aparece na região da axila. Pontos eritematosos (com cor de sangue) surgem no local em que o espinho penetrou.
   E ainda tem os outros sintomas: dor de cabeça, náusea, vômitos, intenso desconforto abdominal, linfadenopatia, linfadenite, e em alguns casos choque ou estresse respiratório. A dor desaparece em uma hora e os pontos somem em um dia, mas se a dose de veneno for maior, os sintomas podem durar 5 dias.
Em outras palavras, não vale a pena chegar perto desta que é uma das lagartas mais tóxicas da América do Norte.


                       Lagarta da mariposa Cinnabar

  Algumas lagartas adquirem toxicidade através das plantas que ingerem. Este é o caso da lagarta Cinnabar, que se alimenta de plantas tóxicas, geralmente a tasna ou tasneira.
Só que a lagarta em si não também é inocente: seus pelos causam erupções e, se você for sensível, dermatite urticária, asma atópica, coagulopatia de consumo, falência renal, e hemorragia cerebral.
Em resumo, é bom manter distância da tasneira e da lagarta que come ela.
                                    

                         Lagarta Lophocampa caryae

 


   Essa lagarta da família Arctiidae parece estar vestida com um casaco peludo para o inverno. A maior parte dos pelos que cobre esta espécie é relativamente inofensiva, mas os quatro longos pelos pretos, dois na frente e dois atrás, devem ser mantidos à distância.
   Tocar estes pelos pode causar erupções ou problemas médicos mais sérios se você conseguir fazer com que eles toquem seus olhos. E como se os pelos tóxicos não fossem ruins o suficiente, aparentemente elas também mordem.
Como curiosidade, esta é mais uma espécie que adquire a toxicidade a partir de seu alimento preferido: alguns tipos de nozes. Elas também se alimentam de outras árvores, como o carvalho e a faia, o olmo e freixo.


                   Lagarta da mariposa do cedro branco


   Esta é uma lagarta a ser evitada. Parecendo um pequeno cactus que se move, ela é um problema regular na Austrália.
Os pelos da lagarta podem causar reações alérgicas de coceiras em algumas pessoas, mas não é só isto; a lagarta costuma viver em grandes comunidades que atacam em bando uma única árvore de cada vez, comendo até a última folha antes de passar para outra árvore.
Se a árvore estiver no quintal da casa de alguém, quando chega a hora de trocar de árvore, a lagarta, que também faz procissão, pode entrar nas casas, aumentando as chances de acidentes.



                           Lagarta da mariposa Buck


  Pela quantidade de espinhos que ela tem, não dá vontade de encostar nessa lagarta. E é bom mesmo não fazer isso mesmo, pois cada espinho está ligado a uma glândula de veneno, e tocar a lagarta não só vai fazer você sentir coceira ou sensação de queimação, como pode também causar náuseas.
Fique atento a estas lagartas nos troncos de carvalhos e salgueiros, da primavera até o meio do verão, nos Estados Unidos.


                                       Lanomia

 A lagarta lanomia, comum no sul do Brasil, é uma das mais perigosas do mundo. Ela causa diversas mortes a cada ano. O contato leva a severas dores pelo corpo.


     Agora cliquem nos link's e veja três lagartas bem curiosas a primeira é a Lagarta Processionária do pinheiro.

    Esta lagarta leva o nome de “processionária do pinheiro” por que se alimenta de pinheiros e, quando saem de sua tenda de seda para se alimentar, formam “procissões”, uma colada na outra.
Elas são cobertas de pelos que, se forem tocados, causam séria irritação da pele.
       https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=NBvHLwlhMO8

                                Lagarta-aranha

 

      Se você achou que a lagarta cachorrinho era esquisita, dá uma olhada nesse animal peludo. Parece um bicho de pelúcia que deu errado, mas é a lagarta-aranha. Também chamada de lesma macaco, é fácil de encontrar em pomares.
E onde está o perigo? A lagarta tem, nos dizeres de L. L. Hyche, da Universidade Auburn, “nove pares de processos laterais carnosos que tem setas urticantes escondidas”. Em outras palavras, toque ela e você vai ficar com coceira e erupções.
          https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fzpSj1bJ9-Y



                        Taturana gatinho ou taturana cachorrinho

  

     Estas lagartas não vão te matar, mas devoram insetos, um menu totalmente diferente para um tipo de larva que geralmente é vegetariana.
Ela não faz parte das lagartas perigosas para nós, mas não podíamos deixar de compartilhá-la, afinal de contas, é uma lagarta carnívora! Ela pertence à família Geometridae, e são bastante comuns no Brasil, conhecidas pelo nome popular de Mede-palmos, devido ao seu modo de locomoção.
Por fim, lembre-se: se você ver uma lagarta que tem espinhos ou pelo, é melhor evitar de encostar no bichinho até identificá-lo. Se você acidentalmente encostar em uma lagarta, tente coletá-la sem encostar nela uma segunda vez, e procure um posto de saúde.

           https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=K5qijI--v9E


      Para finalizar temos mais algumas lagartas que não devem ser tocadas como Lagarta costas-de-sela, Lagarta rosa ferroante, Lagarta Euclea delphinii entre outras... 
  
        Nessa postagem não é apenas para vermos coisas curiosas, mais também para mostrar que na natureza ah coisas perigosas, em que devemos conhecermos mais antes de sair pegando "brincando" com tudo, isso também é um alerta que nem tudo que é bonito, diferente ou colorido na natureza é bom, mostrando que devemos conhecer a natureza melhor antes de explora-la.

Publicado por: Isaias Souza

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O louva-a-Deus

   O Louva-a-Deus, também chamado: PÕE-MESA, PONHAMESA, ESPERANÇA e BENDITO, dentre inúmeros nomes populares, seu nome popular é devido ao fato de que quando pousado, o louva-a-deus adota uma posição com as patas dianteiras postas, os joelhos dobrados e os olhos voltados para o céu, como em oração. É um inseto mantóide, pertencente à família Mantidae, Não possui veneno. É um predador voraz que se alimentam caçando moscas e pulgões, mais uma grande evolução aconteceu e por incrível que pareça ele consegui devorar uma BEIJA-FLOR por inteiro.

   Acasalamento:
    Durante o ritual de acasalamento o macho é guiado pelo odor liberado pela fêmea, e o macho pousa a mais ou menos uma distância de 1m da fêmea(que é maior que ele) com toda cautela, para não ser tomado como inimigo.


    Assim que ele transfere seu esperma, afasta-se da fêmea antes que ela o devore, mais nem sempre ele consegui escapar, e a fêmea alimente-se do macho durante ou no final do ato, Certamente para impedir que o macho acasale com os seus filhos no futuro e, para obter os nutrientes necessários para à fabricação dos ovos, assim ela pode produzir uma quantidade muito maior de ovos. Existem cerca de 2.000 espécies diferentes, divididas em aproximadamente oito famílias.
    No Brasil, as mais comuns são a Stagmatoptera precária (verde),

e a Acanthrops falcataria (cor de folha seca). Que mede entre 5 e 10 centímetros de comprimento.

                                          

                                                                          Ninfas

      Quando as ninfas nascem da ooteca (“cópula”) , já saem correndo. Os bichinhos procuram fugir logo do ataque de predadores como por exemplo: Formigas. E até mesmo dos irmãos, porque o louva-a-deus já nasce faminto e com os mesmos impulsos canibais dos adultos. 

     No imaginário popular brasileiro, é cercado de crenças e superstições. Sua presença é indício de boa sorte, sendo considerado o mensageiro de boas notícias como por exemplo:  A chegada de uma visita inesperada, é anunciada por ele. Também possui o poder de adivinhar o sexo do bebê. Para isso, é utilizado o seguinte método: segura-se o inseto entre os dedos e sopra-lhe a face. Se ele somente mover as pernas dianteiras, é mulher. Ao contrário, se tentar fugir e saltar sobre a pessoa, é homem.
Alguns se parecem com plantas, galhos, ramos, flores... Outros se parecem com insetos inofensivos, como borboletas.
Todos estes “Disfarces” é por dois motivos: 

*Enganar as suas presas, que não se aproximariam se vissem o perigo que as esperam.
*Esconder-se dos seus predadores.
OBS: Não olhem para as minhas unhas.
Publicado por: Bianca Carvalho.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Animais com anomalias genéticas

As mutações gênicas são mudanças ocasionais que ocorrem nos genes, ou seja, é o procedimento pelo qual um gene sofre uma mudança estrutural. As mutações envolvem a adição, eliminação ou substituição de um ou poucos nucleotídeos da fita de DNA.

A mutação proporciona o aparecimento de novas formas de um gene e, consequentemente, é responsável pela variabilidade gênica.

Quando ocorre por adição ou subtração (mutações deletérias) de bases, altera o código genético, definindo uma nova sequência de bases, que consequentemente poderá alterar o tipo de aminoácido incluído na cadeia proteica, tendo a proteína outra função ou mesmo inativação da expressão fenotípica.

Por substituição, ocorre em razão da troca de uma base nitrogenada purina (adenina e guanina) por outra purina, ou de uma pirimidina (citosina e timina) por outra pirimidina, sendo esse processo denominado de transição e a substituição de uma purina por uma pirimidina, ou vice-versa, denominada de transversão.

Aberrações cromossômicas estruturais

As alterações cromossomiais estruturais correspondem a modificações na seqüência dos genes ao longo do filamento. Elas podem ser provocadas, por exemplo, por vírus, radiação e substâncias químicas. Quando ocorrem durante a mitose, seus efeitos são mínimos, pois apenas algumas células serão atingidas, embora, em alguns casos, a célula alterada possa se transformar em célula cancerosa e formar um tumor. Se acontecerem na meiose, como resultado, por exemplo, de uma permutação anormal, elas podem ser transmitidas aos descendentes, que terão cromossomos anormais em todas as células.
Ocorre quando os cromossomos ocasionalmente se quebram e os fragmentos resultantes se unem de qualquer maneira, só não se prendendo as extremidades (telômeros) dos cromossomos normais. Quando os fragmentos não se unem exatamente como estavam antes, originam-se cromossomos estruturalmente alterados. As conseqüências variarão de acordo com o tipo de alteração, que pode ser: inversão, deficiência ou deleção, duplicação e translocação.
Inversão
Ocorrem duas quebras num mesmo cromossomo, o fragmento situado entre as quebras sofre rotação de 180º e solda-se novamente em posição invertida. Por causa da alteração da ordem dos genes, o pareamento dos homólogos na meiose.
Exemplo: Suponha que haja ruptura provocada por radiação em determinado trecho de um cromossomo e que um pedaço desse cromossomo se solte. Se ele sofrer uma ressoldagem em posição invertida, ocorrerá inversão na seqüência de genes.
Deleção
Um pedaço de cromossomo é perdido neste tipo de anomalia, que implica a perda de muitos genes. Deficiências são percebidas durante o pareamento de cromossomos na meiose. Um exemplo humano é a síndrome de cri du Chat (síndrome do miado do gato), em que falta um fragmento do braço curto do cromossomo 5. Caracterizada por retardo mental, microcefalia, aspecto arredondado da face, presença de dobras epicânticas nos olhos e de choro semelhante a um miado de gato.
  • Deleção Terminal – Resultado de uma simples quebra, sem reunião das extremidades.
  • Deleção Intersticial – Resultado de uma dupla quebra, com perda de um segmento interno seguida da soldadura dos segmentos quebrados.
Os efeitos das deleções dependem da quantidade e da qualidade do material genético perdido.
Duplicação
Na duplicação, há a formação de um segmento adicional em um cromossomo (repetição de um segmento cromossômico) causando um aumento do número de genes. A maioria das duplicações resulta de um crossing overdesigual entre cromátides homólogas, durante a meiose, produzindo segmentos adjacentes duplicados e/ou deletados. De modo geral, as conseqüências de uma duplicação são bem toleradas, pois o excesso de genes geralmente é menos prejudicial do que a falta deles.
Translocação
Trata-se da transferência de segmentos entre cromossomos não-homólogos. As translocações ocorrem quando há quebra em dois cromossomos, seguida da troca dos segmentos, diferentemente do que ocorre no crossing-over, fenômeno normal e corriqueiro. Podem ser translocações recíprocas não recíprocas. Nas translocações recíprocas, há trocas de segmentos entre os cromossomos que sofreram quebras, e nas não recíprocas, o segmento de um cromossomo liga-se a outro, sem que, no momento, haja troca entre eles.
Translocações robertsonianas – É um tipo especial de translocação, e, que dois cromossomos acrocêntricos sofrem quebras nas regiões centrométricas, havendo tocas de braços cromossômicos inteiros.
Cromossomo em anel
É a alteração que ocorre quando um cromossomo apresenta duas deleções terminais e as suas extremidades, agora sem telômeros, tendem a reunir-se originando um cromossomo em anel. Os cromossomos em anel podem dividir-se normalmente durante a mitose ou meiose, mas sujeitos à degeneração. O cromossomo em anel é visto com frequências em anomalias congênitas e está relacionado à deficiência mental e malformações.
Isocromossomos
Ocasionalmente, na divisão celular, as cromátides de um cromossomo não se separam normalmente no sentido longitudinal, e o centrômero se divide transversalmente. Uma célula filha vai receber, assim, um cromossomo que é constituído por dois braços curtos do cromossomo original e a outra vai receber um cromossomo formado por dois braços longos do cromossomo original.
Tanto a inversão como a deficiência, ou os isocromossomos, resultarão em gametas inviáveis que causarão diminuição na fertilidade, ou em gametas portadores de anomalias cromossômicas, que causarão anomalias fenotípicas no embrião.
                               
                                
Cabra com duas cabeças nasceu na Zona Rural de de Petrolina, PE.
 
 No entanto, há um problema ainda maior do que a anormalidade ou anomalia animal, isto é, a monstruosidade, a qual é a alteração incomum muito acentuada, a qual modifica o desenvolvimento do corpo é incompatível com a vida, como por exemplo, animais que nascem com anencefalia, isto é, sem encéfalo (cérebro). Somente para a monstruosidade que não é possível realizar nenhum tipo de intervenção, já que o animal pode nascer ou nem chegar a nascer devido a esta alteração acentuada. Algo que é interessante ressaltar é que após o nascimento, a mãe como instinto animal percebe que aquele filhote possui algum problema e não tem a capacidade de deixar descendentes bons, e logo no ninho, mata o mesmo. Especialistas e pesquisadores chama este ato materno de seleção natural, onde apenas os bons vivem, já que um dia este animal poderia morrer, mas para evitar todo o sofrimento, a mãe coloca um fim antes mesmo de começar.  


(Cabrito nasce com duas cabeças em Petrolina-PE.)



Postado por: Sandy Aparecida Macedo Luz



quarta-feira, 23 de julho de 2014

FORMAÇÃO DA CHUVA (CUMULONIMBUS)


As formações nebulosas com grande desenvolvimento vertical - CUMULONIMBUS (CB), também identificadas como tempestades de trovoada ou thunderstorms, ocorrem em todos os estados brasileiros. Elas podem ocorrer a qualquer hora, dia ou noite ao longo de todo o ano. A ocorrência de tempestades com trovoadas são mais comuns nos meses mais quentes, no período final da tarde. A cada momento, aproximadamente 1.800 CB's estão em desenvolvimento em torno do planeta, associados a descargas atmosféricas (raios) que atingem a Terra, 100 vezes a cada segundo. Os CB's são muito importantes para a reposição e distribuição da precipitação. Para a aviação, além de ser um limitador de espaço aéreo, pois o vôo dentro destas nuvens é de extremo risco, também pode afetar os procedimentos de pouso e decolagem devido às cortantes de vento geradas pelas fortes correntes,ascendentes e descendentes, em torno da nuvem. Turbulência, granizo, formação e gelo, saraiva (granizos que são lançados para fora da nuvem, em ar claro), relâmpagos e por vezes tornados poderão estar associados aos CB's e influenciarem na segurança das operações aéreas.

O que ocasiona o CB?

A ação de um CB fica limitada ao diâmetro entre 5 e 25 milhas, sendo, portanto, uma tempestade muito localizada, cujos topos podem chegar, ou ultrapassar, aos 17.000 metros, nas latitudes baixas e nas regiões de ciclones tropicais e furacões.

Para o desenvolvimento de um CB, existem três ingredientes essenciais:

1- Umidade - A presença de umidade na atmosfera é necessária para a formação da nebulosidade e de precipitação. O sol, além de aquecer o solo e o ar sobre ele, provoca a evaporação da umidade do solo, lagos, rios e oceanos, aumentando assim a umidade do ar.

2- Instabilidade - O aquecimento do ar nos níveis próximos ao solo associado ao aumento da umidade desestabiliza a massa de ar. O ar quente é menos denso (mais leve) que o ar frio, então, existindo ar frio e seco acima, a tendência será de troca de ar, com o ar frio descendo o ar quente subindo. Isto é instabilidade.

3- Levantamento – Este é o gatilho para o início de ascensão do ar e o princípio da tempestade. São exemplos de levantamentos: a) Ar movendo-se para cima de uma montanha (levantamento orográfico); b) Ar colidindo com uma frente (levantamento frontal). Frente é a zona de transição entre duas massas de ar diferentes; onde as massas colidem, o ar menos denso (quente ou mais úmido) ascende sobre o outro; c) Ar frio soprando do oceano ou lago podem formar frente de brisa marítima, caso o ar frio colida com o ar mais quente sobre o continente e d) A corrente descendente fria que sai do CB forma “frentes de rajadas”, as quais podem vir a causar o desenvolvimento de novos CB's.

 Como o CB se desenvolve? 

A primeira fase é aquela em que uma nuvem cumulus começa a se desenvolver verticalmente, devido às correntes de ar ascendentes que dominam toda nuvem, transformando-se em uma TORRE DE CUMULUS, como mostra a figura ao lado. 



A segunda fase e mais perigosa, é quando a nuvem encontra-se em seu estágio de MATURIDADE. As correntes ascendentes (na vertical) podem chegar a velocidades próxima a 40 nós. Em seu topo, os ventos em altos níveis (na horizontal) começam a formar ua “bigorna ou cabeleira”, chegando, por vezes, a estende-la até 100 milhas a favor do vento.Nesta fase, as correntes ascendentes podem transportar até 8.000 toneladas de água por minuto. O vapor d'água condensa ao colidir nas gotículas da nuvem, as quais aumentam de tamanho à medida que vão sendo levadas para cima. Neste momento, também podem ocorrer correntes descendentes, em virtude de algumas gotículas caírem ao se tornarem mais pesadas, vencendo as correntes ascendentes. Na descida, podem passar por camadas de ar não saturadas e alguma evaporação pode ocorrer.
Evaporação é um processo de resfriamento (seu corpo se resfria quando o suor em sua pele é evaporado), portanto, este processo causa um maior resfriamento da parcela de ar que está em sua volta, dando início a um afundamento do ar, intensificando, assim, as correntes descendentes (downdraft). Um CB é considerado em seu estágio de maturidade, quando estiver com correntes ascendentes e descendentes.
  


                                                                      

A terceira fase, DISSIPAÇÃO, começa quando as correntes descendentes frias atingem o solo, a chuva resfria o ar nos níveis mais baixos e nenhuma nova fonte de instabilidade está presente. Ao final, as correntes descententes predominam e o CB tende a se dissipar, sobrando apenas a bigorna como nuvem cirrus (nuvem alta). O ciclo médio de vida entre os estágios de cumulus e de dissipação pode levar de 30 a 40 minutos. Isto mostra porque o CB pode causar tantos estragos e, muitas vezes, de forma inesperada.


Postado por: Jhonanta Maurilio Pereira.